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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Foto e biografia: Wikipedia

 

ROBERT HILLYER

( U. S. A. )

Robert Silliman Hillyer (3 de junho de 1895 - 24 de dezembro de 1961) foi um poeta americano e professor de literatura inglesa. [1] Ele ganhou um Prêmio Pulitzer de poesia em 1934. 

Após o colegial, ele frequentou a Universidade de Harvard , graduando -se cum laude em 1917. [1] Enquanto estava lá, ele era o editor da revista literária The Harvard Advocate, e era afiliado ao grupo conhecido como Harvard Aesthetes .

Quando a Primeira Guerra Mundial começou, ele foi para a França e se ofereceu para o Corpo de Ambulâncias Norton-Harjes , junto com o colega de Harvard John Dos Passos . Assim que os Estados Unidos entraram na guerra, ele se juntou às forças americanas.

Em 1919, Hillyer se descreveu como "um poeta conservador e religioso em uma era radical e blasfema."  Em 1939, ele recebeu um Prêmio Pulitzer de Poesia por seu livro The Collected Verse of Robert Hillyer . [Seu trabalho é em métrica e muitas vezes rima e ele tendia a escrever sobre morte, amor e natureza.  Ele é conhecido por seus sonetos e por poemas como "Tema e Variações" (sobre suas experiências de guerra) e a leve "Carta para Robert Frost."

Ele se tornou presidente da Sociedade de Poesia Conservadora da América. Nesta capacidade, ele atacou poetas modernistas como TS Eliot e Ezra Pound .

Prêmio Pulitzer de Poesia para "Collected Verse" em 1934. Ele foi nomeado para a cátedra Boylston de Retórica e Oratória na Universidade de Harvard em 1937.

 

TEXTS IN ENGLISH – TEXTOS EM PORTUGUÊS 

 

MARQUES, Oswaldino.  Videntes e sonâmbulos: coletânea de poemas norte-americanos.   Rio de Janeiro: Serviço de Documentação, Miistério da Educação e Cultura, 1955;  300 p.
                                                    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

NIGHT PIECE

There is always the sound of falling water here;
By day, blended with birdsong and windy leaves,
By night, the only sound, steady and clear
Through the darkness and half-heard through sleepers´
dreams.
Here in the mottled shadow of glades, the deer,
Unstartled, waits until the walker is near.
Then with a silent bound, without effort is gone,
While the sound of falling water goes son and on.

Those are not stars reflected in the lake,
They are shadows of stars that were there aeons ago;
When you walk by these waters at night, you must
forsake
All you have known of time; you are timeless, alone,
The mystery almost revealed, like the breath you take
In the summer dawn before the world is awake.
Or the last breath, when the spirit beyond recalling
Goes forth to the sound of water for ever falling

Swift as deer, half-throught in the summer mind
Flash with their hints of happiness and are gone;
In the dark waters of ourselves we find
No stars but shadows of stars which memory lost.
Dark are the waters under the bridge we crossed.
And the sound of their falling knows neither
and nor start.
Frail are your stars, deep are your waters, mind;
And the sound of falling water troubles my heart.

 

Trad. de Olegário Mariano

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS


NOTURNO

Há sempre aqui o som da água caindo...
Confunde-se de dia com a cantiga
Dos pássaros e o ruído das folhas machucadas.
Entretanto, na noite desconforme,
É o único som firme e claro
Ouvido vagamente com nos sonhos de quem dorme.
Nas sombras matizadas das clareiras
A corça imóvel espera
Até que se aproxime o caminhante.
Então, silenciosa se insinua,
E vara o espaço na corrida...
Enquanto o som da água caindo
Continua...  Continua...

Aquelas não são as estrelas refletidas no lago.
São sombras de estrelas que dormem ali há muitos séculos
Quando passares à noite por essas águas
Deves abandonar tudo que sabes do passado
E ficar contigo mesmo, eterno em ti mesmo,
No mistério quase revelado como o sopro que se aspira
Ao nascer do verão, antes da terra acordar,
Ou o último hálito da saudade que antecipa
O som da água a cair, a cair de vagar.

Velozes como a corça os pensamentos incompletos
Cintilam sugerindo felicidades e se vão...
Nas águas escuras de nós mesmos encontramos
Não estrelas mas sombras de estrelas perdidas na
memória.
Sombrias são as águas debaixo da ponte que cruzamos
E o som monótono da queda
Não tem princípio, não tem fim, nem solução.
Frágeis são as tuas estrelas, profunda as tuas águas,
espírito;
E o som da água a cair perturba meu coração.

E o som da água a cair perturba meu coração.

Trad. de Olegário Mariano

 

*

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Página publicada em junho de 2022

 


 

 

 
 
 
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